18 dezembro, 2006

Uí !!! (leia-se Wii)

E pronto... Mais um Natal, mais presentinhos.
A indústria dos videojogos, com o objectivo de inundar esta quadra com mais umas quantas consolas, até conseguiu inovar em certos aspectos.
Para começar, e não indo já pelo caminho das inovações, de salientar a confusão que se gera sempre que electrodomésticos destes são lançados no mercado. Confusões com preços, reservas e, acima de tudo, a indignação do típico português quando chega a uma loja da especialidade e descobre que o artigo já está esgotadíssimo e não poderá, sequer, oferecer uma das famosas "caixas de entretenimento" aos seus filhos. O berreiro que será lá em casa quando os miúdos, enganados pela forma paralelipipédica do presente, abrirem o embrulho e descobrirem uma consola de segunda categoria. Caramba, que o mundo é injusto.
Mudando de cenário e indo até à casa de um adolescente que teve a sorte de ser brindado com a novíssima da Nintendo: a Wii.
Ora, o conceito desta consola até é bastante bom. A prática de exercício físico é algo que não está nos nossos genes. Então se podermos aliar isso a um bom jogo em frente da televisão, tanto melhor.
Mas, como tudo, tem os seus defeitos. Quer dizer... Jogar Wii implica fazer exercício físico logo, implica suar. Se uma pessoa quiser jogar, ou no intervalo de uma aula, ou em vez de mandar uma rapidinha com a auxiliar de acção administrativa da empresa, que raio... Terá naturalmente que tomar uma banhoca. Isto é completamente descabido. "Ai, vou jogar um bocado." "Ai, vou tomar banho." "Ai, vou jogar um bocado." "Ai, vou tomar banho."
A ideia é boa, mas pouco funcional. Mas não acaba por aqui.
A dita consola possui um comando para cada jogador. Cada jogador terá que, para jogar, movimentar o comando em direcção a um dispositivo perigosamente colocado no cimo do televisor. Ora, num jogo de ténis, imaginem um smash de um jogador mais incauto e que, de um momento para o outro, entusiasmado, se imagina num Roland Garros. Pois é... Adeus televisor.

Sem comentários: